terça-feira, 28 de julho de 2015

Bem vinda ao mundo, pequenina!!!


Você que acabou de nascer e teve o biquinho decepado. Deve estar doendo muito eu sei. É para que você não bique a si mesma e nem às tuas companheiras quando se sentir desesperada. E acredite: você vai se sentir desesperada!

Irá para uma cela agora, que quando crescer mal caberá teu corpo. Não conseguirá esticar as asas, se espreguiçar, saltar e muito menos andar.

Jamais saberá o que é ciscar, fazer ninhos, se empoleirar...só sentirá o desejo latejando sem entender direito.
Nunca verá o sol ou sentirá a chuva. Muito menos saberá que existe noite e por isso nunca dormirá. 

Teus dias serão eternos, passará a vida sob lâmpadas que manterão tua vontade de comer sem parar. Comerá muito e por isso crescerá rápido e começará cedo a botar ovos. E botará ovos sem parar. Mas jamais os verá. Eles não serão teus.

Com o tempo tuas pernas doerão muito, por não se movimentar. Talvez nasçam até feridas nas plantas dos pés, que cicatrizarão grudando teus pés nas grades.

Quando você estiver muito fraca e já não servir para botar ovos, como uma máquina eficaz, estará perto enfim o fim do teu sofrimento. 

Você que só nasceu para sofrer, que mesmo sendo capaz de sentir alegria, não terá tido um só momento dela, terá enfim descanso... cortarão teu pescoço e com sorte morrerá de uma vez e não sentirá ainda o último requinte num tanque de água fervente.

E teu corpo tão triste e tao sofrido será alimento de quem pagou por cada minuto de teu castigo.

E eu, do alto da minha impotência, só posso te dizer agora e na hora de tua morte: "NÃO POR MINHA CAUSA!"


Foto: Santuário Wings of Heart
Texto: Leide Fuzeto Gameiro

sábado, 18 de julho de 2015

Criada primeira CPI para investigar maus-tratos aos animais no Brasil

Após longos dois anos de espera na fila regimental de CPI’s, foi criada ontem a primeira Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), destinada a investigar os fatos determinados de maus-tratos de animais.


A CPI dos maus-tratos aos animais vai investigar não apenas pessoas que escravizam, agridem e matam os animais sem piedade, mas também a falta de políticas públicas, e as politicas de controle populacional de animais em todo território nacional.




Os casos listados a época de seu requerimento, pelo seu autor o Dep. Federal Ricardo Izar - PSD/SP, são muitos e ficaram conhecidos como o do massacre dos cães de Arari ordenado pelo prefeito, o da matança de animais peloCCZ de Poços de Caldas, o da enfermeira que matou a yorkshire, o da assassina em série de animais de São Paulo, o dos dromedários escravizados nas praias do Rio Grande do Norte e alguns outros.



“Cabe salientar que no dia 22 de janeiro de 2012 o movimento ‘Crueldade Nunca Mais’, mobilizou em todo o território nacional mais de 100 mil pessoas apelando para o aumento das penas aos que cometerem crimes contra animais…”, a citação constou no requerimento para a instalação da CPI dos Maus-Tratos aos Animais.

E mesmo os casos da enfermeira já julgado, e do da assassina de São Paulo que recorreu da sentença, a investigação trará a sociedade fatos desconhecidos da maioria das pessoas, tais como; se os valores das multas foram efetivamente pagos, ou se estas infratoras recorreram das multas aplicadas, e para qual órgão o valor das multas foi destinado, e se esse órgão que recebeu a multa efetivamente atua no combate aos maus tratos aos animais, e muitos outros fatos.

Os fatos determinados a época eram de relevante interesse para a vida pública e a ordem social do país, e foram devidamente caracterizado para que a CPI pudesse ser requerida. O que significa que todos os outros casos de maus tratos aos animais relacionados e que ocorreram após o requerimento da CPI também podem ser incluídos pela comissão para ampliar o leque de investigação.

Casos como o do vídeo que mostrava um carro abandonando o cachorro em plena marginal de São Paulo, e que comoveu milhares de brasileiros, continuam a acontecer indiscriminadamente país afora, sem sequer chegarem aos noticiários e sem a devida punição, porque não há uma obrigatoriedade da identificação dos animais - e mesmo nos casos onde existe a identificação do individuo que abandona um animal, não existe uma compensação para o tratamento do animal que está machucado ou aleijado, e nem uma indenização para a instituição que acolheu o animal - há somente uma multa irrisória que não coíbe a que outros pratiquem o mesmo crime cujos indivíduos não são fichados, o que talvez impediria que cometessem crimes mais graves contra animais não-humanos e humanos.

Se existisse uma legislação punitiva e eficiente contra o abandono de animais, talvez o menino Joaquim Ponte Marques de 3 anos ainda estivesse vivo. O casal acusado de sua morte, poucos meses antes do ‘desaparecimento’ do menino, despejou na rua uma cachorrinha ainda filhote que foi socorrida pelos vizinhos e que na época não deram registraram boletim de ocorrência do fato.

Há ainda diversos outros casos revoltantes como o do cão triturado vivo pelo caminhão de lixo, o dos periquitos exterminados pelo condomínio de luxo em Manaus, o dos beagles e outros animais maltratados pelo Instituto Royale tantos outros casos difíceis de esquecer.

O objetivo das investigações pela Comissão de Inquérito é de aperfeiçoamento da legislação, de fiscalização e de controle.

Já o projeto da política de castração que poderiam ajudar a conter o abandono de animais nas ruas, e que já foi aprovado em todas as comissões, espera por um lugar na pauta de votação da Câmara dos Deputados.

A Constituição Federal já estabelece que é dever do Poder Público cuidar da fauna e da flora, mas, na prática, nem todas as prefeituras têm projetos para castrar os animais. Com isso, animais que vivem nas ruas continuam se reproduzindo.

O projeto que obriga os governos estadual, federal e municipal a colocar em seus orçamentos previsões de verbas para política de castração, significaria uma economia aos cofres públicos já que a castração custaria ao estado bem menos do que manter funcionários, medicamentos e aparelhos para matar os animais.

A atuação firme e louvável das comissões na defesa da sociedade contra abusos e irregularidades praticadas por agentes públicos dos mais diversos escalões, poderia quem sabe ao final recomendar que não fossem negados a abertura de boletins de ocorrência pelos agentes policiais para os casos de maus tratos, como também recomendar a instalação de Delegacias Especiais para investigar maus tratos aos animais – o tema maus-tratos aos animais é sempre listado como um dos 5 assuntos mais abordados no Alô Senado.

Além disso exercem papel de grande relevância na formação da opinião pública, o que resulta em grande pressão sobre os governantes.

A conexão existente entre quem maltrata e mata um animal, e que fatalmente irá maltratar e matar crianças, idosos, e quaisquer outras pessoas também, não pode mais ser ignorada pela nossa legislação, como no caso em que os autores de violência sexual contra animais (zoofilia) e contra crianças (pedofilia) não são punidos por tal crime, já que a lei brasileira não traz um tipo penal específico para os casos. Assim como as crianças, os animais não são capazes de consentir emocionalmente com o abuso sexual.

Em vários países existem dispositivos contra a Zoofilia e a pedofilia, mas, no Brasil, para punir o pedófilo é necessário se valer de outros crimes tipificados pelo Código Penal, como estupro, atentado violento ao pudor, presunção de violência, lesão corporal, corrupção de menores e, se for o caso, homicídio. E para punir o Zoófilo é necessário se do artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, no que se refere à prática de abuso,maus-tratos, ferimentos ou mutilação de animais.

Um estudo conduzido pela Universidade de Iowa descobriu que 96% dos jovens que tinham tido relações sexuais com animais não-humanos também admitiram crimes sexuais contra humanos e relataram vários outros delitos, do que os outros criminosos sexuais de mesma idade.

“A CPI para investigar abusos contra animais tem o meu apoio. Sou a favor de que esta CPI vá adiante e apure rigorosamente tudo”, informou Eduardo Cunha em seu site.

Fonte:http://muralanimal.blogspot.com.br/2015/07/criada-1-cpi-para-investigar-maus.html



sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Feliz Ano Novo?!?!?!


De fato. Fechado ou aberto, não faz diferença. O CCZ de Maceió, quando não pratica a eutanásia, mantém os animais em cárcere privado. Eles não são levados para passear, não tomam banho, mal e mal recebem tratamento para suas enfermidades e por ai vai. E essa questão da falta de alimentos, é recorrente. Eu mesma já provoquei campanha de arrecadação de alimentos noutra ocasião. 

Após uma ação conjunta do BPA com o CCZ, ocasionada por uma denúncia feita por mim devido a maus tratos coletivo e que durou 21 dias ininterrúptos de cobrança exaustiva para que os órgãos 'competentes' fizessem seu trabalho, eis que: os bandidos permaneceram soutos e sequer foram autuados, os animais foram apreendidos e passariam fome já naquele primeiro momento se não fosse pela ação dos protetores que se mobilizaram pela internet e arrecadaram a ração. Até onde acompanhei o caso, nunca foi realizada uma única feira de adoção que oportunizasse a possibilidade daqueles pobres animais encontrarem um lar. E o Ministério Público deixa muito a desejar com essa coisa de trabalhar apenas em cima do TAC - Termo de Ajuste de Conduta. 

Acompanhei as primeiras audiências nesse sentido e, com a preocupação de não punir o novo governo municipal que se instalava pelos desmantelos do antecessor, o prootor de justiça preferiu o tal do TAC, estourando todos os prazos estipulados para se adequar e sempre deixando a desejar no bem estar ofertado ao animais. Dois anos já se passaram. Será que o nosso belo prefeito ainda não se situou sobre os fatos? Ora, façam-me o favor!!! E tome blá, blá, blá e uma nova barbárie a cada instante vitimizando cada vez mais e mais animais indefesos, IMPUNEMENTE. 

Da semana do Natal até agora, portanto, no período de trinta dias, só que tomei conhecimento, aqui em Maceió, duas ongs locais que recolhem e cuidam de animais (Neafa e Projeto Acolher) tiveram seus animaizinhos covardemente envenenados, levando vários à óbito. Por último, teve o caso do envenenamento dos cavalos e o policial que, em vez de apartar a briga de dois cães com água, achou mais prático sacar a arma e fazê-lo a tiros. O pobre cão atingido sobreviveu, porém, com sequelas irreversíveis para sempre. Isso se conseguir sobreviver por muito tempo já que dependerá da boa vontade de humanos até para se alimentar. Em se tratando de 'humanos', duvido muito que seus tutores se prolonguem, de forma abnegada e permanente em conferir-lhe os devidos cuidados. 

Não obstante, eu mesma, neste período, presenciei o gato de uma vizinha, que nenhum mal fazia a ninguém, agonizar até a morte, se contorcendo todo de dor, enquanto, segundo a veterinária, seus órgãos eram corróidos pela substância letal. Tentei socorrê-lo, mas quando chegamos ao consultório, apesar dos esforços empreendidos, era tarde demais. E ele morreu quase em meus braços, se esvaindo em sangue que jorrava por sua boca devido à hemorragia interna advinda do estrago que o veneno acarretou ao seu estômago. 

Se existissem leis satisfatórias que fossem aplicadas e cumpridas à altura dos crimes hediondos praticados contra os animais, certamente, não veríamos mais casos assim. Pelo menos, não com tanta frequência. Mas, numa província como o Brasil, onde os únicos sujeitos de direitos reconhecidos pela nossa justiça são os mesmos criminosos, e onde os demais seres da criação são vistos como 'coisas', sem direitos, sem dignidade, sem nada, pelo que podemos esperar? Que o prefeito de Maceió tome uma atitude no sentido de moralizar o tratamento dado aos animais encarcerados nas dependências do CCZ?! É mais negócio esperar que o coelhinho da Páscoa nos visite durante a Semana Santa. Grande piada, né, não???