sábado, 6 de abril de 2013

Cobra coral é encontrada em quarto de bebê no Tabuleiro

Avó ninava criança quando animal apareceu


Na noite da última sexta-feira, 05, uma senhora, de 60 anos de idade, foi surpreendida por uma cobra coral, dentro de seu quarto, quando ninava o neto de cinco meses de vida. A aposentada Maria José Meireles Toledo, inicialmente, cogitou a possibilidade daquele ser mais um brinquedo dos netos espalhado pela casa, mas a ideia logo se dissipou devido ao movimento rápido feito pelo animal.

No fundo da caixa, ficou presa ao tentar fugir
“Ela estava saindo de debaixo da cômoda. Quando me mexi, ela voltou de ré para o local onde estava antes. Estava com o bebê no colo e senti muito medo”, conta. Na mesma hora, Meireles saiu do cômodo e pediu ajuda ao genro, que capturou a cobra.


Soares, pai do bebê, foi quem capturou a cobra coral

Ex-soldado do exército, Ricardo Soares, 39, colocou em prática as técnicas aprendidas à época em que esteve no quartel, e, sem proteção alguma, conseguiu prender o animal dentro de uma garrafa pet, onde passou a noite. Pela manhã, o Corpo de Bombeiros foi acionado e, logo, uma viatura chegou para conduzi-lo ao Ibama.

Segundo o tenente Albuquerque, não é tão comum cobras corais
invadirem residências localizadas a uma certa distância das regiões de mata. Ele disse que as corais são cobras venenosas que se movimentam muito rapidamente, fator que costuma dificultar sua captura. “Ao se deparar com um animal peçonhento como esse, recomendamos que a pessoa apenas coloque algo como uma caixa sobre ele para que não fuja e, de preferência, que ao aproximar-se esteja calçando botas de cano longo e luvas porque a coral costuma ser certeira em seus botes; e chame imediatamente os Bombeiros”, alerta.


Bombeiros tentam remover animal 
No Ibama, os animais apreendidos são submetidos a exames clínicos pelos médicos veterinários e, dependendo do caso, tão logo estejam bem, são devolvidos à região de matas para que possam viver livres em seu habitat natural.

A família se questiona sobre ‘como’ uma cobra coral de, aproximadamente, um metro de comprimento, entrou e se instalou embaixo de um móvel localizado num dos cômodos mais movimentados da casa. “Não entendo como isso foi possível”, comenta Meireles. “Fiquei apavorada ao imaginar que um animal venenoso pode ter ficado vários instantes a sós com meu anjinho”, diz referindo-se ao neto caçula. Sob o impacto do susto, ela chegou a sofrer um pico de hipertensão durante a madrugada.

Já na viatura para ser levada ao Ibama
Sobre a espécie

cobra coral é uma cobra peçonhenta da família Elapidae. Existem 61 espécies conhecidas, divididas em três gêneros: Micrurus (57 espécies), Leptomicrurus (três espécies) e Micruroides (uma espécie).

Em caso de acidente, pode causar a morte de uma pessoa se não for aplicado o soro em tempo. Esse réptil só ataca humanos para se defender.

A coral tem olhos pequenos e seu corpo é coberto por escamas com desenhos de anéis, nas cores preto, branco, vermelho o que a torna muito bonita. Chega a ter 2 metros de comprimento.

Equipe retornando à viatura, rumo ao Ibama
Habitam no sul da África e Ásia, Austrália, Américas do Sul e Central e no Sudoeste dos Estados Unidos da América.

As corais comem geralmente ovos e pequenos animais: lagartos, camundongos, aves, insetos. Ela mata sua presa com uma picada quando necessário. Ficam entorpecidas após se alimentarem, devido ao fato de que não há mastigação, ou seja, a presa é engolida inteira, dificultando a digestão. Isso ocorre graças a sua mandíbula flexível que a permite comer animais maiores do que ela. Ela não tem a visão muito boa, mas é capaz de distinguir movimentos.

As corais não são agressivas, só atacam quando são acuadas ou sentem o perigo. Também atacam quando vêem que seus filhotes ou ovos estão em perigo, quando, por exemplo, uma pessoa passa perto do ninho. Ela não arma o bote, o que facilita na fuga quando a cobra for avistada.

O veneno da coral causa:

- Dor local.

- Náuseas e dores corporais.


- Após 2 horas (às vezes, menos tempo) o veneno mata a pessoa, pois ataca o sistema nervoso central.


Fonte: Infoescola


Serviço

Tenente Albuquerque - chefe da equipe de resgate da viatura
O Corpo de Bombeiros pode ser contatado pelo telefone 193. Em casos de apreensão ou socorro a animais em situação de risco, você deve telefonar imediatamente. Em geral, eles se dirigem até o local logo após o recebimento do chamado. No referido caso da cobra coral, por exemplo, em menos de quinze minutos, a viatura já estava no local.

NOTA

* Nossas homenagens e reconhecimento a essa corporação que exemplarmente atende à sociedade em momentos de tanta aflição. Seria ótimo se as demais instituições que lidam diretamente com a causa animal estivessem tão bem equipadas e desempenhassem melhor o seu papel. 

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