quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Cadeiras de rodas a preço de custo devolvem alegria a animais debilitados


Iniciativa confronta indústria pet em prol do bem estar dos peludos


Um verdadeiro milagre. É isso o que acontece quando o homem escolhe ser humano e se deixa guiar pela compaixão e pelo amor. E quando esse amor é pelos animais o bem proporcionado provoca um milagre de proporções ainda maior. Como o de salvar a vida de vários animais que seriam sacrificados apenas por não poderem mais andar. Sim, esse é mais um absurdo impingido a esses anjos de quatro patas e isso ocorre por vários motivos.

Em geral, os peludos perdem os movimentos devido a atropelamentos ou a agressões cometidas por humanos e a única forma de voltarem a se locomover seria com o auxílio de cadeiras especiais que são postas à venda por algo em torno de R$ 600,00 – valor considerado excessivo pela maioria das pessoas que não pode ou não quer gastar tanto com um animal.


Mas, graças a um casal de mineiros de bom coração, aos poucos, essa realidade está sendo modificada e o desfecho da história de muitos peludos também. É que, sensibilizados pelas dificuldades de bichinhos nessa condição, eles resolveram fabricar as cadeiras em casa de forma artesanal e doá-las a todos os que solicitarem pelo preço de custo do material mais frete. Assim, o produto pode ser adquirido por um preço dez vezes mais barato.

Cada cadeira custa, em média, R$ 60,00. Elas são entregues junto com um manual de fácil compreensão e, em breve, terá também um vídeo explicativo. Além disso, as orientações podem ser repassadas ainda por telefone e pela internet. São três os tipos de cadeiras fabricadas – para patas traseiras, para patas dianteiras e para as quatro patas.

Renata Cobo e o esposo Albano com 'Princesa' na primeira cadeirinha confeccionada

A biomédica Renata Cobo, 35, conta que tudo começou em setembro de 2012, a partir do drama vivenciado por uma cachorrinha tratada no hospital veterinário onde trabalha, em Uberaba, Minas Gerais. ‘Princesa’ foi atropelada e abandonada lá pelo antigo proprietário, com uma fratura na pata traseira e outra na coluna o que ocasionou a perda de todos os movimentos das patas traseiras.

Após ser submetida ao procedimento cirúrgico, a cadelinha precisou passar por uma rotina diária de exercícios de fisioterapia e eletro-estimulação para poder se recuperar. O uso da cadeira de rodas era parte importante do tratamento.

Cães maiores também são atendidos com tranquilidade

A história sensibilizou funcionários e colaboradores. Foi ai que Renata pegou o protótipo do equipamento e levou para o marido fazer, o administrador Albano, 34, que estava de férias. Imediatamente ele se prontificou e, muito ‘jeitoso’, com canos de PVC, rodas de borracha e fitas plásticas, construiu o primeiro exemplar. “Nossa, nada se equipara à satisfação que senti em poder ver aquela criaturinha se movimentando, correndo e brincando novamente”, conta Renata.   

Indagada sobre a possibilidade transformar a produção caseira num negócio rentável, Renata Cobo é taxativa em afirmar que sua intenção não é o lucro e sim ajudar. “Ganhamos o suficiente para sobreviver e não precisamos nos aproveitar da indústria do desespero que lucra com a dor desses animais. Essa deveria ser uma obrigação de todas as pessoas”, diz.


Em três meses, cerca de 40 animais já foram beneficiados e já há encomendas para mais 50 cadeiras de rodas. “Até hoje choro quando faço uma entrega e o que sinto não tem preço. É algo que nos beneficia mais do que a eles próprios”.

Se você sabe de algum bichinho que esteja impossibilitado de se locomover sozinho e precisando de uma cadeira de rodas, é só entrar em contato pelo e-mail re.cobo@hotmail.com ou pelos telefones da CTBC (34) 9908-2186 e (34) 9922-8280 ou pelo (34) 9229-2072, da Tim. Ou ainda pela página de Renata Cobo no Facebook e fazer o seu pedido - http://www.facebook.com/renata.cobo?fref=ts.

Um comentário:

  1. Eu já tinha visto algo pelo facebook e realmente é emocionante ver esses bichinhos voltando a andar. Parabéns ao blog por divulgar e aos idealizadores das cadeirinhas.

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