Iniciativa confronta indústria pet em prol do bem
estar dos peludos
Um verdadeiro milagre. É isso o que acontece quando
o homem escolhe ser humano e se deixa guiar pela compaixão e pelo amor. E
quando esse amor é pelos animais o bem proporcionado provoca um milagre de
proporções ainda maior. Como o de salvar a vida de vários animais que seriam
sacrificados apenas por não poderem mais andar. Sim, esse é mais um absurdo
impingido a esses anjos de quatro patas e isso ocorre por vários motivos.
Em geral, os peludos perdem os movimentos devido a atropelamentos
ou a agressões cometidas por humanos e a única forma de voltarem a se locomover
seria com o auxílio de cadeiras especiais que são postas à venda por algo em
torno de R$ 600,00 – valor considerado excessivo pela maioria das pessoas que não
pode ou não quer gastar tanto com um animal.
Mas, graças a um casal de mineiros de bom coração,
aos poucos, essa realidade está sendo modificada e o desfecho da história de
muitos peludos também. É que, sensibilizados pelas dificuldades de bichinhos
nessa condição, eles resolveram fabricar as cadeiras em casa de forma artesanal
e doá-las a todos os que solicitarem pelo preço de custo do material mais frete.
Assim, o produto pode ser adquirido por um preço dez vezes mais barato.
Cada cadeira custa, em média, R$ 60,00. Elas são
entregues junto com um manual de fácil compreensão e, em breve, terá também um
vídeo explicativo. Além disso, as orientações podem ser repassadas ainda por
telefone e pela internet. São três os tipos de cadeiras fabricadas – para patas
traseiras, para patas dianteiras e para as quatro patas.
Renata Cobo e o esposo Albano com 'Princesa' na primeira cadeirinha confeccionada |
A biomédica Renata Cobo, 35, conta que tudo começou em setembro
de 2012, a partir do drama vivenciado por uma cachorrinha tratada no hospital
veterinário onde trabalha, em Uberaba, Minas Gerais. ‘Princesa’ foi atropelada
e abandonada lá pelo antigo proprietário, com uma fratura na pata traseira e
outra na coluna o que ocasionou a perda de todos os movimentos das patas
traseiras.
Após ser submetida ao procedimento cirúrgico, a
cadelinha precisou passar por uma rotina diária de exercícios de fisioterapia e
eletro-estimulação para poder se recuperar. O uso da cadeira de rodas era parte
importante do tratamento.
Cães maiores também são atendidos com tranquilidade |
A história sensibilizou funcionários e
colaboradores. Foi ai que Renata pegou o protótipo do
equipamento e levou para o marido fazer, o administrador Albano, 34, que estava de férias. Imediatamente ele
se prontificou e, muito ‘jeitoso’, com canos de PVC, rodas de borracha e fitas
plásticas, construiu o primeiro exemplar. “Nossa, nada se equipara à satisfação
que senti em poder ver aquela criaturinha se movimentando, correndo e brincando
novamente”, conta Renata.
Indagada sobre a possibilidade transformar a
produção caseira num negócio rentável, Renata Cobo é taxativa em afirmar que sua
intenção não é o lucro e sim ajudar. “Ganhamos o suficiente para sobreviver e
não precisamos nos aproveitar da indústria do desespero que lucra com a dor
desses animais. Essa deveria ser uma obrigação de todas as pessoas”, diz.
Em três meses, cerca de 40 animais já foram
beneficiados e já há encomendas para mais 50 cadeiras de rodas. “Até hoje choro
quando faço uma entrega e o que sinto não tem preço. É algo que nos beneficia
mais do que a eles próprios”.
Se você sabe de algum bichinho que esteja impossibilitado
de se locomover sozinho e precisando de uma cadeira de rodas, é só entrar em
contato pelo e-mail re.cobo@hotmail.com
ou pelos telefones da CTBC (34) 9908-2186 e (34) 9922-8280 ou pelo (34)
9229-2072, da Tim. Ou ainda pela página de Renata Cobo no Facebook e fazer o
seu pedido - http://www.facebook.com/renata.cobo?fref=ts.
Eu já tinha visto algo pelo facebook e realmente é emocionante ver esses bichinhos voltando a andar. Parabéns ao blog por divulgar e aos idealizadores das cadeirinhas.
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