domingo, 27 de janeiro de 2013

Você já parou para pensar na vida de um animal de rua?


Quanto tempo você sobreviveria se trocasse de lugar com ele?




Não existe uma época que possa ser denominada como “a pior” para um animal que vive nas ruas. As quatro estações do ano, sem exceção, são extremamente delicadas porque nas ruas os peludos estão sob riscos diários. Entretanto, num período tão quente como esse que estamos vivendo nos últimos meses, a desidratação é um dos maiores perigos a que estão expostos.

Sob esse calor arrebatador, o sol castiga e a sede chega a matar esses serzinhos que já sofrem tanto. Mas, com boa vontade você pode aliviar um pouco desse sofrimento. Basta por uma vasilha na bolsa quando sair e, ao se deparar com um animal durante o percurso, não pense duas vezes. Lance mão do recipiente, ponha água fresca e lhe ofereça. Matar a sede e a fome de um animal é algo muito reconfortante que traz uma sensação de dever cumprido muito gratificante.

Aliás, levar consigo um pouco de ração para cães ou gatos, ou para ambos, é melhor ainda. Afinal, encontrar comida não é uma missão fácil nos dias de hoje. Para conseguir qualquer resto de refeição, quase sempre estragada, ou um osso para roer, os peludos quase sempre precisam rasgar o lixo de alguma calçada ou se aproximar de uma mesa de bar ou de algum boteco de esquina a espera de um gesto caridoso, o que, convenhamos, muito raramente acontece.

Na maioria das vezes, em ambas as situações, eles são, sim, é enxotados. A maioria das pessoas, infelizmente, não consegue perceber ali um ser vivo desprovido de tudo, esperançoso de um gesto mínimo advindo de um ser humano. Enxergam neles apenas uma ‘coisa’ qualquer lhes perturbando e da qual querem se livrar a qualquer custo. E o preço que esses anjos de quatro patas pagam é sempre muito alto. 

Além de não terem a fome e a sede saciadas, ainda levam o saldo de uma pancada, um chute, pedrada, água gelada ou quente em seus corpos ou algo pior. E tudo porque, em sua ingenuidade e pureza, acreditaram poder contar com a solidariedade de seres racionais que, na verdade, deveriam protegê-los e não serem seus algozes.

Enfim, essa invisibilidade animal faz parte de um problema social de grandes dimensões e que deverá perdurar algum tempo ainda. Mas, se cada um fizer a sua parte esse mal pode ser amenizado e alguns peludos poderão ter uma vida melhor.

Se você não pode adotar um bicho de rua, pelo menos não seja mais um estorvo em sua vida já tão comprometida. Se não puder ajudar, ao menos não atrapalhe. Mas, se você ajudar, será bem melhor. E não vai custar nada.

Se você é uma dessas pessoas que ainda têm dificuldade em sentir compaixão por um animal, proponho que ao avistar um deles no seu caminho, imagine se fosse uma criancinha com uns dois anos de idade perdida pelas ruas perigosas da cidade, famintas e assustadas. Certamente, você não seria de todo insensível a essa cena, não é? Com um animal é a mesma coisa. Ele depende de você tanto quanto qualquer criancinha. E sente tudo igual. Pense nisso. 

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