quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Paradeiro do “gato bandido" deverá ser elucidado nesta quinta em coletiva à imprensa


Diretor do CCZ Arapiraca poderá ser indiciado



Divulgação
“Ele já foi eutanasiado”; “deram fim no coitado aleatoriamente, como fazem sempre nesses lugares”; “uma instituição que deveria cuidar e proteger faz o contrário e põe fim à vida de um animal saudável”; “já não basta tudo o que o coitado já sofreu, ainda fazem isso com ele”; “com os verdadeiros bandidos ninguém faz nada”. Essas são algumas das especulações e suspeitas em torno do sumiço do “gato bandido” que expressam a revolta de uma multidão de simpatizantes e protetores dos animais não só em Alagoas, mas no Brasil e no mundo. 

Mas, sumir, não foi uma proeza apenas do felino. Procurado por todo o dia de hoje para esclarecer o caso, o diretor da instituição, Emanoel Cardoso, simplesmente, não atendeu nenhum de seus telefones móveis e, no CCZ, dizem que “ele não está”. Por último, uma funcionária transmitiu um recado de que, provavelmente, nessa quinta-feira, 10, ele irá conceder entrevista coletiva à imprensa. No entanto, ainda não foram divulgados nem o local nem o horário do evento.

Existe uma recomendação do Ministério Público Estadual no sentido de não eutanasiar animais sadios. Há também uma lei estadual vigente em Alagoas que impede o sacrifício de animais saudáveis. A lei diz que, quando da ocorrência de eutanásia, esta deve ser documentada mediante laudo atestado por veterinário.

Assim, caso tenha sido esse o ocorrido, deve ser apresentada denúncia de maus tratos a animais junto à Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público Estadual de Arapiraca, contra o CCZ. O que, segundo a Dra Adriana Alves, ex-presidente da Comissão de Bem Estar Animal da OAB/AL, deve ser feito o mais rápido possível indicando o diretor Emanoel Cardoso como responsável pela “prática abominável”. Então será instaurado um procedimento investigatório que contará também com a intervenção do Conselho de Medicina Veterinária do Estado de Alagoas.

Protagonista da criatividade criminosa dos verdadeiros criminosos, o “gato bandido” - que não é nem bandido nem gato e sim uma gata – desapareceu desde a última segunda-feira, 07, do CCZ e ainda tem destino ignorado. A gatinha que foi pega com apetrechos de fuga amarrados com fita adesiva em seu corpo, no presídio local, ainda tem destino ignorado.

Triplamente vítima, – primeiro por viver na rua exposta a todo tipo de revés, depois pelo incômodo de ter todas aquelas coisas pesadas e incômodas anexadas a si e a dor a qual foi submetida na retirada do adesivo grudado em seus pelos, e, por último, por ter sido levada ao centro de zoonoses e recebido sabe-se lá qual fim num momento em que tantos demonstram interesse em adotá-la - a bichana tem todos os holofotes voltados para si e se transforma num importante ícone, representando o descaso dos seres humanos para com os animais.

Aguardemos a coletiva.

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